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A nova América Latina
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Na virada do milênio, a América Latina parecia ter chegado a uma certa estabilidade democrática após séculos de sangue, suor e lágrimas. Contudo, a crise de legitimidade política e a corrupção do Estado na maioria do continente abriram caminho para a fragmentação das democracias liberais. O como e o porquê de tais processos, e as transformações que eles orquestraram na vida das pessoas, são analisados magistralmente no livro de Calderón e Castells.
Neste retrato envolto em luz e sombras, os autores apontam que, apesar de uma melhora dos indicadores básicos de desenvolvimento humano, a região permanece a mais desigual do mundo ― marcada pela urbanização descontrolada, o avanço da violência e do medo, a penetração do Estado pelo narcotráfico e a destruição do meio ambiente. No entanto, há caminhos de esperança: em meio às mudanças experimentadas, surgem novos movimentos ― liderados sobretudo por jovens, mulheres, povos indígenas e afrodescendentes ― que marcam as possibilidades de uma história centrada na ética da dignidade, da identidade, da ecologia, do antirracismo e do feminismo.