Capa
Caderno de memórias coloniais
descrição
Obra-prima da literatura portuguesa de hoje, o livro de Isabela Figueiredo é um devastador ajuste de contas com a situação colonial.
Genial acerto de contas da autora com o passado colonial de Portugal e com seu pai, um eletricista português radicado em Moçambique. O pai parece personificar Portugal: despreza e explora os nativos. Tudo isso é visto pelos olhos de Isabela, que lá nasceu em 1963 e voltou para Portugal nos anos 1970, durante o contexto da descolonização. O livro tem origem num blog da autora, canal pioneiro para tentar trazer mais realidade à narrativa edulcorada do Portugal africano. Até então, havia uma enxurrada de memórias cor de rosa e piedosas de brancos que cresceram nas colônias portuguesas e que nunca tratavam das questões reais e duras do passado, como a exclusão da população local (negra).
“O livro não tem similar na escrita em português contemporâneo. Uma mulher recorda o pai. E nós podemos ver esse homem, cheirá-lo, sentir-lhe a presença.” Luís Januário