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Cadernos do cárcere (Volume 3)
descrição
Neste volume, Gramsci faz um estudo sobre as ideias de Maquiavel e prova que o pensador não apenas especulou sobre a realidade, mas criou uma sólida linha filosófica sobre governos e governados.
“Os leitores familiarizados com Antonio Gramsci e os novos, já uma legião, têm aqui o terceiro volume da edição brasileira dos famosos Cadernos do cárcere. Trata-se do volume em que brilham os temas talvez mais caros ao grande pensador socialista italiano: os relativos ao Estado, às questões da hegemonia e à política, incluindo-se o famosíssimo estudo sobre Maquiavel. Ainda assim esta é uma opinião arriscada, pois o pequeno grande sardo nunca considerou menor qualquer tema que dissesse respeito aos dilemas humanos. A atualidade de Gramsci é quase covardia perante outros paradigmas e teorias que, sucessivamente, sucumbem às novas configurações das grandes encruzilhadas da história. O pensamento de Gramsci os enfrenta com galhardia, em sua complexidade, exatamente porque nunca reduziu a realidade a modelos que, por mais elaborados que sejam, padecem, inevitavelmente, do mal reducionista.” - Francisco de Oliveira
“Nos Cadernos, o partido político operário é visto como o centro de uma ampla trama de instituições sociais e políticas, através das quais se realiza o avanço de uma classe e de seus aliados, ou seja, de forças sociais, de massa. A atenção voltada para os aparelhos de hegemonia, para as ideologias, para a fenomenologia dos partidos políticos, tem como objetivo investigar o modo pelo qual é possível realizar o amadurecimento de uma nova relação entre os ‘simples’ e a política. Toda a investigação gramsciana gira em torno desta pergunta; a distinção entre governantes e governados deve ou não ser perpetuada? Nas posições de Gramsci já existe algo que não só seleciona determinados aspectos do leninismo, privilegiando-os diante de outros, mas que também ‘força’ o sentido deles e os desenvolve. Ele encaminha uma inovação com relação a Lenin, mas sem abandonar o patrimônio positivo contido no leninismo.” -Pietro Ingrao