Capa
Cinema Panopticum
descrição
Em Cinema Panopticum, os leitores são conduzido por uma jovem menina e sua curiosidade até uma cabine escura repleta de caixas com pequenos filmes. Thomas se apropria da mágica dos cinetoscópios, considerado o primeiro equipamento a conseguir capturar imagens em movimento e nos leva as origens do seu cinema ilustrado. Uma narrativa gráfica cativante, bela e aterradora.
O cinema que conhecemos não se aplica aqui. Em Cinema Panopticum o observador se torna o grande espetáculo e sob os olhos da eterna vigilância alheia aplaudimos o grotesco. É diante dessa dicotomia entre entretenimento e paranoia que se desenvolve a narrativa peculiar desta graphic novel. O artista é um grande narrador visual acostumado à publicação de histórias curtas, domina o universo das sombras em um preto e branco único e fantasmagórico onde a ausência intencional de balões e recordatórios cria vozes em nossa mente capazes de manifestar no silêncio o verdadeiro espanto diante do horror.
No texto que acompanha a edição da DarkSide® Books, a pesquisadora Maria Clara Carneiro comenta a técnica de trabalho de Ott: “Seus desenhos parecem gravuras, em que as ranhuras pretas contribuem para esse ambiente lúgubre de suas histórias. Ele usa a técnica do scratchboard (ou carte à gratter): primeiro, faz o desenho em uma folha, o copia sobre o papel de riscar e, enfim, talha o papel escuro com um estilete, criando esse efeito rasgado, das pequenas linhas sobre a superfície”. Um verdadeiro assombro visual. Prontos para começar a sessão?