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Como fazer amor com um negro sem se cansar
descrição
Sucesso imediato de público e de crítica, Como fazer amor com um negro sem se cansar é o romance de estreia de Dany Laferrière, um dos principais escritores contemporâneos de língua francesa, nascido no Haiti em 1953. Com altas doses de humor, erotismo, sarcasmo e poesia, a obra retrata o cotidiano e as fantasias de dois jovens negros exilados no Quebec durante um tórrido verão dos anos 70. Ao som de muito jazz, sexo e boa literatura, este é um livro que ri - e faz rir - dos estereótipos culturais e sexuais.
Nascido no Haiti em 1953, Dany Laferrière deixou seu país em 1976 fugindo da ditadura de Baby Doc. Emigrando para Montreal, no Canadá, onde trabalhou inicialmente num curtume, foi obrigado a reinventar a sua vida contando unicamente com a poderosa mola propulsora da literatura.
Seu livro de estreia, sucesso de público e crítica, Como fazer amor com um negro sem se cansar, publicado em 1985 e logo levado ao cinema por Jacques W. Benoît, é o primeiro título da "autobiografia americana" de Dany Laferrière. Ambientado na década de 1970 em Montreal, no Quebec, num pequeno apartamento da rua Saint-Denis e seus arredores, o livro põe em cena dois jovens negros exilados: um aspirante a escritor, que vive várias aventuras amorosas, e seu curioso companheiro de quarto, o "filósofo" Buba, que passa o tempo a dormir, ouvir jazz e a ler o Corão. No centro da trama estão as diferenças entre cultura de origem - o trópico caribenho e, no fim das contas, a África - e cultura de inserção - a próspera sociedade quebequense da América do Norte. É esta discrepância que vai turbinar as relações entre os sexos numa época em que a maioria das jovens universitárias estava decidida a passar por cima das fronteiras de cor, credo e classe social.
Retrato divertido do cotidiano e das fantasias de dois outsiders, mas também inédito acerto de contas com a América, Como fazer amor... combina altas doses de humor, erotismo, sarcasmo e poesia para dar voz a esse diálogo intenso, vivo e exuberante que se trava na pele, mas também no imaginário de diferentes culturas.