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Pela primeira vez editada no Brasil, apresentamos em edição bilíngue o trabalho inovador de Anne Sexton, a poeta que abriu caminho para gerações de escritoras, em uma seleção feita por sua filha e executora literária, Linda Gray Sexton, com tradução de Bruna Beber.
Quando Anne Sexton tirou a própria vida em outubro de 1974, ela deixou para trás um corpo de trabalho que, em menos de duas décadas de escrita, já lhe havia rendido o Prêmio Pulitzer de Poesia, estabelecendo-a como uma das vozes mais proeminentes de sua geração. Se você nunca leu a obra de Anne Sexton, agora conhecerá uma poeta que fala com uma coragem extraordinária e que se aprofunda em assuntos que eram considerados inadmissíveis em sua época: traumas de infância e incesto; dependência de drogas e de álcool; loucura e depressão; masturbação e menstruação; casamento e adultério; maternidade, filhos e amizade; o desejo de viver e o desejo de morrer. Esses são apenas alguns dos temas que ela abordou, cada um deles com ardor, fúria e, ao mesmo tempo, uma clareza contundente. Hoje, essa lista de tópicos pode parecer banal, mas no início dos anos 1960, tanto nos EUA quanto na Inglaterra, ela era considerada muito radical.
O nome de Sexton é lendário. Sua poesia é lida em todo o mundo, traduzida para mais de trinta idiomas, e em seu próprio país permanece como referência para poetas e leitores em busca de uma percepção crua, vitalidade na expressão e franqueza confessional.