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Escrever

Escrever

tipo livro
estado novo
capa comum
editora Relicário
ano de publicação 2021
categoria(s) Artes, Ficção, Não-ficção
número de páginas 144
peso 400g
dimensões 13cm / 13cm / 2cm
R$ 59,90

descrição

Escrever é literalmente o livro dos livros de Marguerite Duras. Um relato-síntese de mais de cinquenta anos de escrita, como aquele último filme da vida em que alguém se revê num apanhado essencial.

A escritora e seus amantes, seus amigos, sua infância selvagem na Indochina colonial, seus livros e personagens coextensivos à sua vida, seus filmes rodados a partir dos livros, sua ligação com o PCF, a maternidade, o convívio com o mar de Trouville e os jardins de Neauphle, sua autoestrada de palavras de cronista: tudo está aqui, tudo irradia do coração da casa.

Seja em Paris, Trouville, Neauphle-le-Château ou Nova York, para Marguerite Duras a casa se faz em torno de certos hábitos: certa tinta preta, certa cadeira, certa janela, certo uísque. Esses hábitos, que são os da escrita, são também os de uma solidão fundamental. É nesse lugar de solidão que um escritor pode estar em qualquer parte, como Duras esteve em Vinh-long estando em Neauphle. É também nesse lugar que a morte se deixa observar e se escrever em sua lenta investida corpo adentro. A morte da mosca, nestas páginas, reverbera a mariposa de Virginia Woolf em sua luta extraordinária e desesperada.

Também a casa é o lugar aonde o passado retorna vivo, em manuscritos guardados ou no telefonema de um velho amante. Foi em Neauphle que Duras não só escreveu muitos de seus livros (O amante entre eles), como também ali, um dia, ela reencontrou dentro de certo armário azul seus antigos Cadernos de Guerra, que deram origem ao romance A dor.

No extremo temporal oposto desses cadernos dos anos de 1940, Escrever, de 1993, faz uma revisitação de tudo, num cinema íntimo de memórias e silêncio. Nessa casa da escrita, encontramos a escritora de personalidade ímpar que nunca fugiu a opiniões polêmicas sobre literatura ou política.

Para um mundo abarrotado de propósitos e escrutínios, isto será sempre de uma nudez inconveniente e perturbadora: o livro ser a razão mesma de sua escrita, sem mais porquês. O livro, enquanto está sendo escrito, ser algo desconhecido do próprio autor, com personagens que vão se descobrindo, como a escrita a si mesma, em sua selvageria de corpo, seu desespero, sua loucura.”

Do texto de orelha de Mariana Ianelli

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