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Homem-objeto e outras coisas sobre ser mulher
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Reunião das melhores crônicas de uma das mais irreverentes escritoras contemporâneas.
Desde que começou a escrever semanalmente para a Folha de S.Paulo, em 2013, Tati Bernardi não parou de conquistar leitores. Com sua prosa hilariante de inteligência frenética, ela se tornou uma das principais críticas dos costumes da classe média "meio intelectual, meio de esquerda" – usando aqui a expressão cunhada por Antonio Prata, autor da mesma geração.
Homem-objeto reúne seus melhores textos e traz uma crônica inédita, "Meu marido joga videogame", que retrata um dos temas que se sobressaem no conjunto, não apenas pela recorrência, mas pela originalidade e destemor com que é tratado: a experiência de ser mulher no mundo contemporâneo. Tati diverte como poucos autores, e são muitos os leitores que abaixam o jornal para que a gargalhada possa ecoar como deve. Como dizia um velho filósofo, nós rimos porque dói. Talvez o elemento comum entre suas crônicas sobre constipação, espermograma ou taquicardia seja que todas tratam de sentimentos íntimos e profundos. O resultado, esperado ou não, é uma surpreendente dose de poesia.