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Homens imprudentemente poéticos

Homens imprudentemente poéticos

Valter Hugo Mãe
tipo livro
estado novo
capa comum
editora Biblioteca Azul
ano de publicação 2016
categoria(s) Ficção
subcategoria(s) Literatura ibérica, Romance
número de páginas 192
peso 468g
dimensões 22cm / 15cm / 1cm
R$ 64,90

descrição

Grande voz da literatura portuguesa contemporânea, Valter Hugo Mãe lança Homens imprudentemente poéticos, obra ambientada no Japão antigo e na qual o autor proporciona uma imersão idílica na cultura milenar japonesa. Com sua habitual escrita poética e desconcertante, Mãe traz à tona os temas da morte e do suicídio, em um contexto em que este ato possui um ponto de vista distinto ao do ocidente. Segundo o autor, no Japão, “um suicida não é visto como um fraco ou desistente, é visto como alguém que entendeu sua existência e se sente preparado para se entregar à natureza”.

Mãe situa seus personagens em uma aldeia no sopé do monte Fuji, próximo da região conhecida como a Floresta dos Suicidas, lugar que visitou enquanto escrevia a história. Os vizinhos, o artesão Itaro, que está em fase de preparação para a morte, e o oleiro Saburo são inimigos, mas devido às circunstâncias da vida, relativizam a discórdia e se opõem com cordialidade. De acordo com o escritor e jornalista Laurentino Gomes no prefácio do livro, “o mesmo olhar microscópico sobre a aldeia japonesa confere ao livro o tom de obra universal, de conteúdo profundamente humano, cujo enredo diz respeito a cada uma dos sete bilhões de pessoas que hoje habitam o planeta”.

Tal como em seu romance A desumanização, que teve a Islândia como cenário, Mãe escolhe um lugar longínquo para retratar a história, levando o leitor ao Japão profundo, um ambiente sagrado que partilha o mesmo universo das fatalidades e da miséria. Diante das dificuldades e conscientes do valor da natureza exuberante que os cerca, os personagens passam a valorizar as pequenas alegrias do cotidiano e a espera da morte.

A morte também está no próprio modo do autor tecer sua literatura e não apenas nos enredos de suas histórias. Homens imprudentemente poéticos nasce da necessidade de retornar a um momento de descoberta, como se estivesse escrevendo seu primeiro livro. Mudou, então, seu processo de escrita – em vez de corrigir e retocar o texto, ele escolheu reescreevê-lo. “É como se eu escrevesse vários livros ao mesmo tempo. Nunca se esgota o livro”, afirma.

Agraciado com os prêmios José Saramago (2007), Grande Prêmio Portugal Telecom de melhor romance e livro do ano (2012), o escritor recebeu elogios de José Saramago, ganhador do único prêmio Nobel da língua portuguesa, que o definiu como um “tsunami literário”.

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