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Pragmatismo pulsional
descrição
Raros são os psicanalistas que têm tamanho domínio de Lacan e de Guattari a um só tempo, e que a exemplo de João Perci Schiavon, professor da PUC-SP e autor de obras como A lógica da vida desejante, conseguem alcance clínico e filosófico de tal envergadura. A uma atmosfera de convite a experimentação do fluxo inconsciente e aposta clínica num diapasão em tudo singular entrecruza assuntos — a contribuição freudiana à linhagem filosófica que vai de Nietzsche a Deleuze.
E a pulsão reaparece sob nova luz: o gozo, este que não serve a nenhum bem, engendra todos os bens possíveis e todas as utilidades, algo desconcertante se tivermos em vista o título do escrito, Pragmatismo pulsional. O livro pode ser lido e vivido como “experiência” subjetiva, clínica, filosófica, micropolítica — isto é, de transformação. O que mais se pode exigir de um livro hoje além de que faça diferença, e diferença para a vida? A pulsão é uma autoridade no que diz respeito ao vivo ou ao desejo. Ela só precisa ser exercida, e o nome desse exercício é cura.