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Semente de crápula: conselhos aos educadores que gostariam de cultivá-la
descrição
(...) Este livrinho foi escrito em 1943, editado em 1945. Dez anos depois, me falaram para fazer uma nova edição. Eu o reli. Indignado, comecei a preparar uma crítica rigorosa daquelas pequenas fórmulas sob o título: Semente de crápula ou o charlatão de boa vontade. Essa autocrítica relida hoje, no inverno das Cévennes, me parece bem excessiva, agressiva, peremptória. Ela ficara no caixa de madeira no qual se amontam, a cada mudança, páginas e páginas de intenções e relatos que, talvez, sejam para mim o que as folhas que caem são para as árvores.
No entanto, incomoda deixar que saiam novos exemplares de Semente de crápula sem dizer nada. Tenho quinze ou dezesseis anos a mais, quinze ou dezesseis anos nesse trabalho diário do qual eu falava alegremente em 1943.
Palavras me vêm, páginas, capítulos, se me deixo levar.
Este livrinho precisa de um subtítulo que me situe, agora, em relação ao que escrevi há quinze anos. Tenho esse subtítulo: Semente de crápula ou o amador de pipas. (...)