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Sob o fascínio do pôquer
descrição
Este livro não tem meios-termos. Aqui, o autor nos desdobra lancinantes páginas como uma alucinante revelação psicológica e literária do vício que o escraviza: o jogo.
Ele afronta a mesa de jogo diuturnamente, numa peregrinação por salas, clubes e cassinos, por ânsia de ganhar ou por desejo de sensações violentas que rompam a rotina da vida. Exercita o domínio sobre si mesmo e tenta controlar o entusiasmo sempre pensando em rebentar a banca. O que a muitos abate, levando a atos de irremediável desespero, a ele inspira, fortalece e sustenta. Com uma confiança quase mística arrisca um milhar e ganha; aposta de novo e vence mais uma e muitas outras vezes; as sucessivas vitórias anunciam a riqueza que está por vir. Então, no embalo do sucesso joga num só lance todo o lucro e mais tudo o que pode. Desafia a sorte, e o azar o golpeia inapelavelmente. O jogador relaciona-se profundamente com os infortúnios de um destino cego, sujeitando-se ousadamente ao risco. Porém, a despeito do que há de sórdido e vulgar no jogo, ele conserva sua nobreza de homem e de modo algum merece desprezo, como alguns poderiam supor.