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Sonívia
descrição
No ano em que se vivifica e se comemora o centenário da peça “Angelus Novus” de Paul Klee, cuja importância é conhecida por atravessar o pensamento do filósofo Walter Benjamin sobre a modernidade, o poeta Dennis Radünz nos traz seu poema Sonívia.
Estes ruídos trazidos aos ouvidos pelo poema são espécies de vestígios da ubiquidade do anjo da história que, atualizando um dos problemas da modernidade, a saber, a diáspora, o refúgio, a sarjeta e as passagens normalmente conturbadas das cidades, arma-se em estrofes como logradouros anacrônicos visitados pela imagem do anjo.
Somam-se a esta sonívia, os âugures e angústias do povo indígena Mbyá Guarani ouvidos por este anjo e olvidados assim como o cujo sem paradeiro, corpo sem órgãos, atravessando a américa latina, cruzando povos e falares e, ainda assim, soprado pelo vento do progresso, encontra uma só saída ao fim do poema, o que evoca a imagem da fronteira última de Benjamin em Port Bou.
A edição de 100 exemplares feita em tipografia, conta ainda com uma fotografia feita pelo autor no centro histórico de Paraty encartada no volume e uma gravura de Loyd Spencer impressa também tipograficamente em uma impressora Minerva Consani formato 4.