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Contra o cânone: arte contemporânea em um mundo sem centro
descrição
O livro Contra o cânone: arte contemporânea em um mundo sem centro, da pesquisadora argentina Andrea Giunta, é um estudo aprofundado sobre o impacto da arte não-ocidental sobre culturas centrais, propondo uma perspectiva comparativa contra o relato canônico da arte moderna que tem por centro a história da arte euro-norte-americana. Sua hipótese é a de que a Segunda Guerra forçou o descentramento. Distante dos modelos teóricos de modernização ou transculturação – as “ideias fora de lugar”, a “modernidade periférica”, as “culturas híbridas” –, a autora retoma o conceito de “zonas de contato” (Mary Louise Pratt) e propõe a ideia de vanguardas simultâneas. Assim, contra os vocabulários do centro, a arte é tomada em seus próprios contextos – Antropofagia, Muralismo, Martin Fierro, Arte Concreta-Invenção, Madi, Perceptismo, Frente, Neoconcretismo –, relacionando uma constelação de artistas como Xul Solar, Torres-García, Joan Miró, Lygia Clark, Helio Oiticica, Antonio Berni e Godard, ou analisando as relações entre abstracionismo brasileiro e a artista paquistanesa Nasreen Mohamedi. Com tradução de Eleonora Frenkel e prefácio de Raul Antelo, Contra o cânone é a edição brasileira do livro lançado na Argentina em 2020, um livro que debate arte contemporânea de um mundo sem centro em novos horizontes culturais compartilhados.