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Dalme Marie, escultora
descrição
Neste ensaio biográfico sobre Dalme Marie Grando Rauen (1949-1996), escrito por Daiana Schvartz, surge a história da artista que iniciou sua carreira em 1978, em Chapecó, Santa Catarina.
Dalme atuou como conselheira municipal de cultura e contribuiu para a criação do primeiro grupo de artistas da cidade, o Grupo Chap. Sua trajetória como artista foi curta mas lhe rendeu uma vasta produção escultórica. Dalme Marie expôs seus trabalhos em salões, exposições individuais e coletivas.
Concomitante ao período de atuação artística, retomou a sua carreira como advogada, trabalhando principalmente nas causas indígenas, em particular, da demarcação das terras Kaingang na região de Chapecó. A narrativa biográfica foi construída a partir da pesquisa em arquivos de instituições públicas e em acervos pessoais. Suas incursões no circuito artístico catarinense permitem conhecer outros artistas que estavam em seu entorno, principalmente a cena artística chapecoense das primeiras décadas dos anos de 1980.
O lançamento ocorreu no dia 4 de novembro, em uma transmissão ao vivo desde o Café Brasiliano, em Chapecó (SC), pelo canal do Youtube da Humana Sebo e Livraria. Clique aqui e confira o registro da conversa.
Este título compõe a coleção Biografemas da Editora Humana e foi contemplado com recursos do Edital Elisabete Anderle de Incentivo à Cultura do Governo do Estado de Santa Catarina.
Sobre a autora
Daiana Schvartz é doutora pelo programa de pós-graduação em artes visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente de artes do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), campus São Carlos (SC). Autora dos livros: Elke Hering: Crítica, Circuito e Poética (Liquidificador, 2018) e Lindolf Bell: crítica de arte em Santa Catarina (Editora Humana, 2020).
Sobre a Coleção Biografemas
A grafia de uma vida é necessariamente o movimento desta vida. Biografemar é reconhecer na própria escrita a impossibilidade do todo, recusando a ilusão biográfica, escapando dos códigos e conexões lineares do gênero biográfico. Significa caminhar na direção do outro sabendo que não há como seguir pegadas de uma vida, sem deixar suas próprias marcas. Inspirado no conceito de biografema forjado por Roland Barthes, a coleção apresenta breves ensaios biográficos a respeito de artistas, cientistas, filósofos, educadores que, por algum motivo, hoje se encontram esquecidos ou afastados do cânone artístico e intelectual. Interessa-nos tomar a vida como um percurso que conecta a produção artística e intelectual de uma época, experiências daqueles viveram e/ou produziram à margem do seu próprio tempo ou em deliberado confronto com os cânones estabelecidos.