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Devaneios ociosos de um desocupado

Devaneios ociosos de um desocupado

Jerome K. Jerome
tipo livro
estado novo
capa dura
editora Carambaia
ano de publicação 2022
categoria(s) Ficção
subcategoria(s) Literatura britânica
número de páginas 160
peso 450g
dimensões 24cm / 16cm / 2cm
falta temporária
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descrição

Melhor do humor britânico em clássico a ser descoberto.

Muitas risadas e algumas pitadas de melancolia aguardam o leitor de Devaneios ociosos de um desocupado, um pequeno clássico a ser descoberto, escrito pelo inglês Jerome K. Jerome (1854-1927). Best-seller em sua época, porém até hoje inédito no Brasil, o livro foi traduzido com o mesmo coloquialismo espirituoso do original por Jayme da Costa Pinto, autor também do posfácio.

Jerome, que dedica a obra a seu grande companheiro, o cachimbo, vai logo avisando que o ócio – o verdadeiro ócio – não se confunde absolutamente com o cotidiano tedioso de um preguiçoso amador. Dá até certo trabalho. “Há muito preguiçoso no mundo, muito marcha-lenta, mas um ocioso legítimo é coisa rara. Não é o sujeito que anda por aí, passos arrastados, mãos metidas nos bolsos. Ao contrário, a característica mais surpreendente do ocioso é estar sempre ocupadíssimo.” Contanto que tenha a possibilidade de, ao acordar diante de uma pilha de trabalho, virar de lado para aqueles “mais cinco minutinhos” de sono.

Como em todo melhor humor, a piada começa com o próprio piadista. “O que os leitores hoje em dia buscam em um livro é que sirva para aperfeiçoar, instruir e edificar. Este livro falha nas três frentes. Não posso em sã consciência recomendá-lo para qualquer propósito útil.” Exagero, naturalmente. Pois seguem-se interessantíssimos ensaios sobre assuntos da maior urgência: do amor à privação, do clima à vestimenta, dos animais domésticos à memória, e até os apartamentos mobiliados. Pois, como observa Costa Pinto no posfácio, nem tudo é estrepolia teatral ou pompa vitoriana. Jerome escreve como um “reflexo de um mundo em mudança, menos inocente, às portas de um novo século que seria inaugurado com a Primeira Guerra Mundial”. O livro é de 1886.

Os pequenos ensaios de Devaneios ociosos de um desocupado começaram a ser publicados individualmente no ano anterior, na revista Home Chimes, publicação que tinha Mark Twain entre seus colaboradores. Dado o enorme sucesso, os textos não tardaram a sair em livro, com mil exemplares na primeira edição, que em pouco tempo se multiplicou por treze.

É de supor que, além de provocar gargalhadas, os temas do livro tenham também cativado pela proximidade da vida comum dos leitores. Sua descrição dos hábitos paradoxalmente selvagens dos gatos e cachorros domésticos são de uma precisão cômica que só podem provocar identificação. Os tímidos – podemos considerar que todo mundo tem um pouco desse traço de caráter – se reconhecerão comicamente e, de certa forma, se sentirão vingados. E a pervasiva presença da vaidade em todo o universo com certeza fará o leitor pensar no assunto.

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