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O linchamento que muitos querem esquecer
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Os acontecimentos de outubro de 1950, que resultaram na prisão, tortura e linchamento de quatro pessoas em Chapecó, marcaram para sempre a história da cidade. Durante anos o assunto foi proibido e o fato somente teve publicação maior em O Cruzeiro, a principal revista ilustrada brasileira do século XX. A jornalista, professora e escritora Monica Hass começou a resgatar essa história em 1986, quando escolheu o tema para o seu trabalho de conclusão do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O prefácio da nova edição é assinado pelo professor Dirceu Hermes, que também é coordenador da Editora Argos. Para ele, com o livro Monica Hass dá sua contribuição ao resgate da história e torna público o debate de um acontecimento que foi publicado com detalhes apenas pela revista O Cruzeiro, que na década de 1950 era o veículo de maior circulação do Brasil.
Conforme Dirceu, “O linchamento que muitos querem esquecer” é um dos principais títulos da Argos. "A editora tem um viés regional e a obra aborda justamente um contexto histórico, político e social marcante para a nossa região.” Destaca, ainda, que o livro é uma leitura instigante. “É uma obra prima da história regional”, enfatiza.
“Ousadia, coragem, perspicácia. Estes podem ainda não ser os melhores adjetivos para qualificar a iniciativa de Monica Hass ao recuperar os acontecimentos ocorridos em outubro de 1950, que resultaram na prisão, tortura e linchamento de quatro pessoas em Chapecó, e torná-los públicos neste livro. Os fatos ocorridos naquela época marcaram para sempre a história de Chapecó e durante muitos anos foram assuntos proibidos”, afirma o prefácio.