peleterra, livro de poemas de Ibriela Bianca Sevilla, reúne 28 poemas divididos em 3 seções: “pele”, “musa” e “terra”. Segundo a autora, peleterra “é habitar para além de limites geográficos. Toda cartografia ganha formas e curvas traçadas pelas manchas, pelas nódoas, verrugas, estrias e pintas do meu corpo. Traço a partir delas um novo mapa de caminhos para a profundeza da pele. Agora escrevo a terra que me cabe, que é só minha, território onde sou e existo, onde a palavra se faz arrepio e desejo. Palavra é instrumento de trabalho e semente. Sigo semeando tudo o que transborda, o que atravessa e faz gritar no mundo”.

Com prefácio de Luciana Ticoski: “[Ibriela] estabelece os limites do absoluto, enquanto existe a língua, a palavra, a voz, o corpo, há devires. Os poemas trazem coragem diante de todos os abismos, é preciso amar forte a confusão do espaço vazio e a imaginação do nada da porta para fora da segurança da casa. Mas Eros guia os caminhos sem garantias da travessia. O tratado mínimo da paixão agora é presença corpórea, e o contratado se cumpre sem concessões. Já não há caminho de volta no presente indicativo do desejo”.

O livro peleterra é o terceiro título da Coleção Humana Poesia da Editora Humana, um esforço de curadoria, invenção e edição de registros poéticos provindos do entorno ou das distâncias. O desejo de insistir no poema e na prosa poética diz respeito ao caráter imprescindível da escrita literária para a sobrevivência do que é humano. O primeiro título lançado foi “Evasões poéticas”, coletânea de 16 autores do Oeste de Santa Catarina. O segundo título foi “Termas da desolação”, livro de poemas de Fernando Boppré.

Este projeto foi contemplado no Edital de Fomento e Circulação das Linguagens Artísticas de Chapecé № 007/2024 – Edital das Linguagens: Edição 2024.